domingo, 4 de abril de 2010

Massa de Teorias



Uma das minhas características é ficar inventando teorias para as coisas caóticas à minha volta. Hoje apresento uma delas, “pensada” há cerca de 6 anos:

TOPIT - Teoria Óbvia da Proporcionalidade Inversa do Tempo

“Quando eu tinha 7 anos um ano parecia que demorava tanto para passar! As férias de Julho pareciam demorar 3 meses pra passar! Agora um ano passa num piscar de olhos” (Algo que já ouvi de “n” pessoas)

É simples. Eu tenho uma teoria tão óbvia para explicar isso que chega a ser até meio ridícula! Não é nada científica e baseia-se em proporções. É a TOPIT - Teoria Óbvia da Proporcionalidade Inversa do Tempo. No que consiste essa teoria? É Simples. Basta pegar idades diferentes e dividi-las, tendo sempre como referência a idade maior. Ou seja, dividir a idade Final - If pela Idade Inicial - Ii para obter o coeficiente relativo de sensação da passagem do tempo – Cr. Logo If/Ii = Cr.

Um exemplo. Comparemos um cara de 31 anos (porque será que eu escolhi alguém de 31 anos né? Esse número não me diz nada, juro! xD) e uma criança de 6 anos. If(31)/Ii(6) = Cr (5,1). Ou seja, para um cara de 31 o tempo passa aproximadamente 5 vezes mais rápido do que quando ele tinha 6 anos.

OK, vamos traduzir isso em tempo de vida vivido e veremos qual é a lógica por trás disso. Para o cara de 31 anos (quem será?) um ano é igual a 1/31 ou apenas 3,2% do que o balzaco já viveu. O que é 3,2% de tempo vivido de uma criança de 6 anos? 2 meses e 10 dias. A lógica: Quando se tem 31 anos, o tempo passa tão depressa, que a sensação de passagem do tempo de um ano é a mesma de dois meses e dez dias de quando éramos pirralhos de 6 anos. Ou seja, a sensação é de que o tempo de passagem de um ano é aproximadamente 5 vezes mais rápida. Grandezas inversamente proporcionais. Quando éramos crianças de 6 anos, 2 meses e 10 dias demoravam tanto tempo pra passar, que equivaliam ao que hoje demora pra passar um ano pra quem tem perto de 30. Pelo menos eu acho. Concorda, Juliana Paes?

Beleza... então vejamos mais um exemplo. Um ano pra quem tem 50 anos? Equivale só a 2% do tempo que a experiente pessoa já viveu até então.

Novamente o cara de 31. O que é 2%? 7 meses e meio.
Isso significa que para um Roberto Justus ou para uma Luiza Brunet, 1 ano passa tão rápido quanto passavam 7 meses e meio quando tinham 31 anos. 50/31 = 1,6. A sensação de passagem de tempo de um ano para um cinqüentão é 1,6 vezes mais rápida do que quando essa pessoa tinha 31 anos. E 8,3 vezes mais rápida em relação a sua tenra infância, quando tinha 6 aninhos, cujos 2% significam 43 dias.

“A sensação que eu tenho é que eu vou dormir e quando abro o olho de manhã já passou um ano” (De uma amiga mais velha, 2002)

É triste, mas a óbvia conclusão que se pode chegar é que os anos passarão cada vez mais rápido, quanto mais velhos ficarmos.

“Ah, mas dizem que na velhice o tempo volta a passar devagar, voltamos a ser crianças.” (“N” pessoas, any time...trocadilho besta xD)

Pois eu digo que isso é uma meia verdade! Não é que o tempo passa mais devagar... É que a fase senil de um cidadão pode ser a com maior tempo de duração de sua vida! E com o aumento da expectativa de vida das últimas décadas, invariavelmente ela é! Infelizmente tudo que é bom dura pouco. A infância dura 10 anos, a adolescência, 10 anos, a juventude, 20 anos, a maturidade, 20 anos. E a senilidade? 20 anos... Mas pode chegar a 25, 30, 35, ou até 40 anos de duração se fizermos umas horinhas extras!

Para atenuar um pouco o tom realista demais, essa teoria pode ser aplicada a qualquer coisa referente a passagem do tempo. Por exemplo, o expediente num escritório. Já repararam que a parte da tarde passa mais rápido e que, sobretudo após às 15:00 o tempo voa? Acontece a mesmíssima coisa em relação à sensação da passagem dos anos.

Às 9 horas, 1 hora significa 1/8 do expediente. Quando batemos o cartão na volta do almoço, 1 hora significa 1/4 do que falta do expediente. Das 15 em diante, 1 hora parece significar bem menos, pois já trabalhamos 5 ou 6 horas nessa altura do campeonato. Isso significa que a sensação de passagem do tempo da última hora do expediente é 8 vezes mais rápida do que a primeira. E na moral não é mesmo? (A menos que você fique olhando pro relógio de minuto em minuto). Bom, amanhã acho que sentirei intensamente na prática essa teoria: Será meu primeiro dia de trabalho após merecidas férias.

Próxima Teoria: Teoria da Mangueira. Calma! Não se trata de algo de duplo sentido ou da verde e rosa do samba carioca. É mangueira no sentido literal mesmo, daquelas de regar/lavar o jardim. E tem a ver com trânsito. Aguardemmmm... (Com a voz do Sílvio Santos)

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