domingo, 25 de abril de 2010

Rolezinho Massa

Como um filhote de passarinho que se aventura no primeiro vôo, hoje pela primeira vez peguei meu recém adquirido “KArro” e saí sozinho (leia-se sem instrutor e em carro de auto escola) pra dar o primeiro rolezinho fora da minha vila.

Aproveitei e levei meu também recém adquirido relógio com GPS e monitor cardíaco, que como diria uma amiga minha, só falta falar e fazer suco de laranja pra ser completo. Clima de tensão no ar! Na hora de entrar no carro meus batimentos que normalmente são de 65 bpm, estavam chegando a 110 bpm! ;P

Tirei o carro da garagem e fui descendo as ruas do conjunto habitacional. Depois de passar a última travessa pensei: “Fudeu... Agora não tem mais volta”. Mas estava um pouco mais “sussa na montanha russa”. Meus batimentos estavam estabilizados em 100 bpm. Se fiquei olhando no relógio? Claro que não! Estou vendo agora no mapa os dados extraídos do relógio. Ponto a ponto qual era minha velocidade (a do carro na verdade) e batimentos.

Aí imbriquei o carro na entrada da via coletora. Depois de especular um pouco, entrei. Logo me posicionei à esquerda pra não atrapalhar... e o que acontece? Um carro estacionado! Mierda! My heart que estava baixando de 100 bpm foi a 114 bpm! Não achava uma brecha pra mudar de faixa! Tive que parar o carro. Fiquei esperando os carros passarem com toda a cautela do mundo! Até que uma hora não veio mais nenhum... (estavam parados no farol há uns 400 metros dali!). Foi a mudança de faixa mais segura que já fiz na minha vida! Uma semana antes, no carro de um instrutor quase acertei um busão na mesma avenida. Mas quando se está completely alone, the hole is more under! Sem um neguinho do seu lado cantando todas as jogadas, você olha mil vezes no retrovisor antes de fazer qualquer coisa! Esse foi o lado bom, pois eu estava com certo receio de fazer alguma merlin nesse sentido.

Doravante, peguei até trafeguinho durante uns 300 m. Em seguida, peguei a primeira via a direita e tratei de trazer a criança de volta para casa. Passei por uma rua meio íngreme que dá acesso ao meu conjunto. Não sem antes deixar o carro morrer! Perdeu a força por eu não ter acelerado o suficiente...rsrsrsrs Entrei de novo na minha rua. Missão quase cumprida. Meu coração tricolor acalmou-se e chegou a 82 bpm. Mas aí vem aquela velha máxima: O jogo só termina quando o juiz apita! Ou, a viagem só termina quando o carro está em ponto morto, dentro da garagem, com o motor desligado! A garagem da vizinha onde estou deixando meu possante rubro tem uma guia meio alta. Ou seja, cerveja... Tem que dar aquela acelerada a mais pra poder transpor a maldita guia calombenta. E o medo de acelerar demais, entrar com tudo e bater??? Já tinha colocado o carro nessa garagem duas vezes e não tinha sido tão difícil quanto desta. Resultado: Deixei o carro morrer umas 20 vezes até conseguir! Durante esse parto, passei pela situação que o motorista "novato juvenil sem experiência" mais teme: o povo da vizinhança vendo e dando palpite. Virei praticamente uma atração turística. Ouvi meu pai no portão da minha casa chamando minha mãe pra assistir o evento: “Tita vem aqui!”. Tudo que eu mais queria ouvir nessa hora... Meus bpms voltaram a ficar em torno de 100, 110... Finalmente consegui entrar. O carro ficou tão perto de uma das paredes, que mal dava pra sair de dentro dele. Numa atitude de macho, liguei o carro, saí e entrei novamente. Deixei o carro retinho. Parecia ter sido estacionado por um profissa... (Dessa vez só deixei o carro morrer mais umas 3 vezinhas só XD)

Abaixo o gráfico com os meus batimentos cardíacos durante esta pequena aventura. Os picos mais altos estão próximos de 120 bpm. (Clique na imagem para melhor visualização da figura). Foi só um rolezinho. Mas devagar e sempre.

Um comentário:

  1. Oi moço que comenta no flog da Gleice, tudo bom? Adorei sua passagem no meu blog, viu!

    Então. Eu tenho pavor de dirigir. Reprovei 3 vezes no Detran. Mas olha, eu meio que fiz por merecer, pq entrei na contramão com carro vindo na outra direção, olha que loucura. E daí que eu queria que o exame fosse mais emocionante? Foi divertido, ué! Se a examinadora não entendeu meu senso de humor isso é uma questão pessoal dela, rs. E em outra vez, eu fiz uma baliza perfeita. O único porém foi que O FREIO DE MÃO TAVA PUXADO. Eu tava terminando a baliza e o instrutor apareceu na janela e me perguntou se por um acaso o freio de mão não tava puxado. Eu abaixei o dito cujo e disse: "Claro que não, acha!" Daí ele me reprovou, também não sei pq.

    Na quarta vez, eles cansaram das minhas piadinhas e me passaram, rs.

    Abração e apareça sempre!

    P.S.: eu AMEI o gráfico dos seus batimentos cardíacos! E pro carro não morrer - eu tive um Ka por dois anos - meu, sijoga na embreagem e acelera. Ele é um carro acelerado, meio que envenenado, sabe. Gosta que vc acelere. Eu não entendo bulhufas de carro, só sei isso mesmo.

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